A perversa presença da fome em nosso meio.

Ter a imensa maioria do povo vivendo na miséria  é o que marca historicamente a estrutura política, econômica e social do povo brasileiro. Chegamos no ano de 2022 estando entre as dez maiores economias do mundo, somos o maior produtor de grãos , temos os maiores rebanhos de animais e o maior potencial de exploração agrícola ainda em reservas, mas, temos também 33 milhões de brasileiros vivendo o horror da fome. 

É inaceitável a posição atual do Brasil no que diz respeito a segurança alimentar do seu povo. Esse triste cenário é resultado de um conjunto de ações adotadas diretamente pelo governo federal que começou no pós golpe de 2016 contra à Presidenta Dilma, no famigerado programa Uma Ponte para Futuro, que escancarou as portas do neoliberalismo atacando o papel do Estado como indutor do crescimento econômico, pôs limite as políticas públicas sociais e está jogando o peso da crise econômica nas costas dos trabalhadores. Toda essa agenda de perversidades foi reforçada por Michel Temer e ganhou uma cara mais feia e uma boca suja com Bolsonaro. A fome do povo é resultado dessas ideias que apoiaram o golpe contra Dilma, pois, com Dilma em 2014 o pais tinha conseguido sair do mapa da fome, graças a um processo de treze anos de intenso trabalho da integração de várias medidas governamentais iniciadas com o Presidente Lula. 

Mais a fome nunca foi boa aliada da "ordem e do progresso", pelo contrário, é um rastilho de pólvora que pode levar a uma convulsão social . A fila do osso, pessoas coletando alimentos no lixo e os furtos famélicos estão aumentando por todo país. Some-se a isso a carestia dos alimentos e o maior desemprego da história, temos os elementos "perfeitos" para uma revolta popular. 

O Brasil de hoje é o mesmo de décadas passadas definido por Josué de Castro : "Metade da humanidade não come; e a outra não dorme, com medo da que não come." Termino dizendo:  se há fome não pode haver Democracia. 

Tiago Pereira. 

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