O que nos diz a eleição da mesa diretora
da Câmara de Barbalha? Quais as consequência desse fato para os próximos anos?
Ter a compreensão precisa dessas questões nos dá elementos para entendermos
melhor os próximos atos das movimentações do tabuleiro político barbalhense.
Numa cidade onde a eleição foi
decidida por menos 200 votos e que assumiu características das rivalidades do
cenário estadual a disputa da mesa diretora da câmara de vereadores que acabou
sendo composta pela oposição nos mostra em primeiro lugar a limitação da
elasticidade política do grupo do prefeito Argemiro de ampliar sua influência
sobre outros espaços de poder e representatividade. A segunda e mais importante mensagem é que o
grupo político de Fernando Santana e seus aliados mostraram força de unidade
para fazer oposição aos tucanos liderados por Rommel , candidato impedido de
concorrer por ser FICHA SUJA.
Já a escolha do Vereador Vevé Siqueira
para presidente nos mostra a firmeza da sua figura política, pois, mesmo sendo o
mais jovem vereador da casa já está em seu segundo mandato. Vevé é um exemplo
claro da tendência da renovação dos quadros políticos em nossa região. Sua vitória também aponta
duas coisas que não podem passar despercebidas: a força de articulação política
do seu pai Antônio Everardo que também foi presidente daquela casa, e o acirramento
das forças pela liderança política sobre a região do pé de serra barbalhense. Espera-se que o presidente Vevé e demais vereadores, tanto de oposição como situação, cumpram seu papel de fiscalizar
os atos administrativos do poder Executivo, pois o histórico dos tucanos
barbalhenses está marcado por uma ficha longa de improbidades.
A eleição da mesa da Câmara mostrou
para Fernando Santana, que foi a aposta do campo de esquerda e progressista barbalhense
no pleito de 2016, que a consolidação de sua imagem como liderança desse grupo
depende primeiramente de suas iniciativas, como fez agora durante as conversações
para manter a maioria dos vereadores unidos orientando-os para formação de uma
oposição forte e responsável, apontando também para os compromissos de 2018,
incluindo seu nome e do Governador Camilo Santana.
A votação da Câmara foi apenas o
primeiro capítulo de uma disputa que não terminou.
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