A (ir)responsabilidade de ser oposição.

É comum no sistema democrático termos a atenção da sociedade voltada para o grupo político que é situação, afinal de contas, espera-se desses o cumprimento das promessas de campanha e o bom funcionamento dos serviços públicos. Logo, os cidadãos apontam todo tipo de cobranças, críticas e os mais variados adjetivos a quem "estar" no poder, especialmente no executivo. Mais quero aqui levantar um questionamento: por que não se avalia com o mesmo rigor os personagens, vozes e grupos de aposição?

De início não podemos esquecer a  importância do papel a ser realizado pelas forças de oposição no fortalecimento da democracia e no processo de educação política da sociedade, desde que seus objetivos sejam para o atendimento do interesse comum e que procurem mostrar superioridade da qualidade de suas ideias. Mas, o que temos em Juazeiro do Norte é bem diferente disso... temos a crítica pela crítica, a torcida do quanto pior melhor, o jogar pra satisfação da galera e nada de apontar respostas práticas, eficientes, econômicas e que façam bem ao povo, os interesses são outros...

Essa situação é preocupante quando somamos essa irresponsabilidade política ao uso das mídias sociais. Atualmente tudo é motivo de uma postagem, "denuncia", vídeos e uma chuva de comentário sobre questões da gestão pública, e qualquer coisa quando cai na internet logo ganha créditos de verdade e até que se prove o contrário, mesmo assim, a opinião pública demora muito para rever suas avaliações. Mais a verdade sempre vencerá.

Em parte, devemos compreender também que os cidadãos estão cada vez mais exigentes e têm expectativas mais altas em relação não apenas à qualidade dos serviços públicos, mas também integridade dos gestores com aplicação dos recursos públicos, e isso exige de qualquer um que queira ser ativo na política que busque antes de lançar críticas e dúvidas, as verdadeiras causas dos problemas.

Juazeiro do Norte é uma cidade cheia de potencialidades e ao mesmo tempo com muitas contradições e problemas sociais que foram se acumulando ao longo dos anos e que, nenhum gestor num espaço de apenas 4 anos poderá colocar solução para tudo. A gestão local pode fazer muito, mais precisa da contribuição de todos, dos munícipes, dos servidores municipais comprometidos e da iniciativa privada responsável disposta a ser parceira no desenvolvimento coletivo.   Diante disso, as posturas políticas de oportunistas devem ser apontadas pelos cidadãos como inaceitáveis e sem espaço de atenção.

Por fim, acreditamos que só um povo bem educado pode construir as respostas que precisam para as questões coletivas e nossa cidade está no rumo certo. Não podemos dar ouvidos a fake news, a vigaristas políticos, a infantilidades e radicalismo. Façamos sempre o bom debate. 

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