A Mentira como Arma Política e o Caminho para a Verdade.

 A mentira, infelizmente, tornou-se uma arma poderosa na arena política. No tempo das redes sociais e de múltiplos canais de comunicação a manipulação da verdade, a distorção dos fatos que promovem narrativas enganosas para conquistar apoio e consolidação  de poder está na ordem do dia de muitas organizações e personagens da política. Essa tática não mina apenas a confiança pública, acaba abalando também as relações pessoais, pois, em muitos casos os ataques parte de fontes próximas ou de aliados históricos. 

Quem primeiro fez menção ao uso da mentira para alcançar resultados do poder político foi o pensador italiano Nicolau Maquiavel( 1469-1527). O autor do clássico O Príncipe, não defende abertamente que o governante deve ser um mentiroso, mas, ao instituir o pensamento que de que o príncipe deve desenvolver características “não éticas” como hipocrisia e crueldade, muitos influenciados por Maquiavel passaram a defender que os “os fins justificam os meios”. Muitos foram tocados pelo entendimento que pouco importa o que deve ser feito para se manter ou chegar ao poder, mentir para muitos é um “mal menor”. Ao longo da História temos diversos exemplos do uso da mentira como instrumento político. Na Alemanha de Hitler afirmava-se que : “ uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, uma máxima do ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels. 

Há diversas camadas de uso da mentira como instrumento político, a famosa operação Lava Jato no Brasil traz um grande repertório. Podemos falar da negação direta da verdade como no caso dos negacionistas que combatiam a vacina contra o coronavírus. E há também a manipulação mais sutil na política, como levantar suspeições sobre um aliado, questionar sua força política, seus resultados... o que fulano fez? Mal sabe o sujeito(a) que levanta tais argumentos que o valor político não se faz só pela força dos números dos votos, o Histórico de lealdade e coerência política tem muito mais peso, ao menos para alguns. 

Para nos livrarmos desse mal, é crucial promover a transparência e a responsabilidade. Esses instrumentos deveriam ser mais fortalecidos dentro das próprias organizações políticas, partidos, coletivos... Precisamos ir além do que cidadãos que exigem que seus líderes sejam honestos e prestem contas por suas declarações. Além disso, é essencial promover a educação crítica e o pensamento questionador para que as pessoas possam discernir a verdade da mentira. Por exemplo, na sua cidade o prefeito não faz a obra e põe nos meios de comunicação que a culpa no govenador do Estado e não dele? 

A imprensa livre desempenha um papel vital na exposição de mentiras políticas. Apoiar o jornalismo independente e responsável é fundamental para manter os políticos sob escrutínio e garantir que a verdade prevaleça.

Em última análise, combater a mentira como arma política requer a participação ativa e informada dos cidadãos. E a observação criteriosa do histórico de cada individuo ou organização, onde ele(s) estavam quando o cenário era diferente ? Quem sempre foi um aliado e quem é recém chegado ao circulo de confiança ? Ao valorizarmos a verdade e insistirmos na integridade de nossas lideranças, podemos esperar um sistema político mais honesto e responsável, onde a mentira não seja mais uma ferramenta de manipulação para o poder, mas a prova da degeneração do caráter de quem a pratica. Mais tudo isso só possível com a valorização humana, o poder é uma construção coletiva. Aqui vale terminar com a citação bíblica do evangelho de João 8:32.

Por Tiago Pereira.



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